Em muito breve o Brasil deverá ganhar mais uma forma de pagamento nos transportes. Trata-se do Watch2Pay, relógio com tecnlogia NFC que funciona como bilhete de passagens. A novidade foi exposta nesta semana durante a Ciab 2014. Em São Paulo, o relógio poderá substituir o chamado Bilhete Único.
Presente já em outros países como Turquia, Inglaterra, Rússia e Polônica, o Watch2Pay deverá chegar até o final do semestre no país, por meio da Rede Ponto Certo. O relógio é criação da empresa austríaca Laks e utiliza mecanismos fabricados pela Seiko. No seu interior, o gadget possui um chip capaz de armazenar dados (no caso, créditos) e transmiti-los por contato próximo.
Para a tristeza dos entusiastas de tecnologia, o dispositivo não se assemelha nenhum um pouco a um smartwatch e, além do NFC, oferece somente a leitura de horas como uma máquina analógica.
De acordo com a Ponto Certo, o Watch2Pay funcionará automaticamente em todos os 12 mil terminais de São Paulo, incluindo guichês, máquinas e revendedores de recarga do Bilhete Único. Além da capital paulista, o relógio também deverá ser implantado em Recife e Ribeirão Preto, cidades que já estão testando o relógio.
No momento, o Watch2Pay aguarda somente a finalização do contrato com a SP Trans para começar a ser vendido em São Paulo. "Já temos estoque na cidade, agora estamos acertando o contrato com a SP Trans e a assinatura do termo aditivo para liberar a venda para os usuários", afirma Rafael Sandini, diretor de tecnologia da Rede Ponto Certo. As vendas ocorrerão por meio de uma loja virtual e também em estabelecimentos.
A má notícia é que, por conta das taxas de importação, o relógio terá um preço um tanto salgado para a maioria dos usuários de ônibus e metrô: R$ 200 (estimado). O Watch2Pay chega em cinco opções de cores: azul, preto, branco, vermelho e uma especial para a Copa do Mundo, verde e amarelo.
Aplicativo
Além do Watch2Pay, a Rede Ponto Certo também conta com um aplicativo para consulta e recarga de créditos do Bilhete Único desde a segunda quinzena de maio.
Disponível gratuitamente para Android, o app lê os créditos do cartão e gera um boleto para recarga. Após o pagamento, o valor é creditado automaticamente. É claro que para tanto, é preciso que o smartphone possua NFC integrado.
Porém, na última quarta-feira (4), o app parou de fazer a leitura de cartões por determinação da SP Trans. "A SP Trans solicitou mais uma homologação do aplicativo para a disponibilização para os usuários. Ela está fazendo alguns novos testes no momento. O aplicativo continua instalado para todos que o baixaram anteriormente", explicou Sandini. Segundo o executivo, a previsão para normalização é de até duas semanas.
O app também funciona com o Watch2Pay, seja para consulta ou recarga de créditos e, em breve, deve ganhar uma versão para Windows Phone. Questionado pelo Canaltech sobre medidas para trazer a tecnologia ao iOS e Blackberry, Rafael afirmou que a empresa já está testando um dispositivo com NFC que é plugado na entrada de fone de ouvido. Vale lembrar que os modelos das duas marcas não possuem suporte ao NFC até o momento.
Futuro
Dentre as novidades para o futuro, a Rede Ponto Certo pretende transformar o Watch2Pay em meio de pagamento, algo que já acontece no exterior. "Por enquanto vamos trabalhar somente com transportes, mas no futuro também esperamos que ele se torne um meio de pagamento. Estamos estudando as possibilidades", contou Sandini.
Além disso, a companhia pensa em levar seu aplicativo para outras capitais. "Já estamos conversando com responsáveis em Recife e Guarulhos", disse o diretor.
Outro projeto da Ponto Certo é o fila zero, que está sendo desenvolvido em São Paulo com objetivo de acabar com as filas de recarga. "O NFC traz uma nova funcionalidade não só ao transporte, mas aos usuários. Agora você não precisa mais se deslocar até o terminal para ver seu saldo ou ir até os guichês para efetuar uma recarga. Queremos trazer soluções para a mão do usuário, que, no conforto de sua casa casa, poderá fazer as transações sem se preocupar com as filas", completou Sandini.
Fonte: CanalTech
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