A Amazon está prestes a estender seus serviços para mais um segmento online, o de pagamentos. No começo desta semana, a empresa anunciou o Payments, serviço que permitirá que o usuário pague assinaturas e outras taxas utilizando apenas suas informações de login, senha e cartão de crédito já cadastrados na loja online.
A iniciativa é um ataque direto ao eBay e seu serviço proprietário, o PayPal. Apesar de terem características fundamentalmente diferentes, as duas plataformas estão normalmente competindo no campo das compras online, com o concorrente atraindo cada vez mais a atenção de lojas e companhias maiores e roubando roubando uma bela fatia de mercado da varejista de Jeff Bezos.
Toda a operação acontece com apenas um clique e a ideia da Amazon é levar o serviço até uma série de parceiros. Basta que o usuário faça o login e confirme o pagamento para que toda a operação seja concluída rapidamente, sem que o cliente tenha que digitar longas sequências de números.
Mais do que comodidade, a Amazon aposta no caráter seguro e confiável que já possui junto a seus clientes. É essa, por exemplo, a visão da analista Natalie Reinelt, ouvida pelo CNN Money. Para ela, o movimento da empresa é extremamente inteligente devido à sua presença reconhecida, principalmente, entre os usuários dos Estados Unidos. Hoje, são 244 milhões de clientes ativos na loja online.
Além disso, é uma resposta à expansão recente do PayPal que, com o lançamento do Samsung Galaxy S5, ganhou o mundo mobile com o leitor de impressões digitais do aparelho. A companhia não tem a menor modéstia ao dizer que pretende se tornar o principal meio de pagamento nos celulares e tablets, uma extensão que deve continuar acontecendo com a chegada de mais e mais aparelhos da fabricante sul-coreana com a mesma função.
De certa forma, a Amazon também faz isso, apesar de seu novo serviço ainda estar baseado em uma plataforma web. Mas, com um pagamento por um clique, a empresa também facilita a vida de quem está usando um dispositivo móvel, apesar dos usuários interessados ainda terem que usar um navegador de internet para fazer isso.
O Amazon Payments não vem apenas para facilitar a vida dos clientes. Aproveitando-se de sua gigantesca base de clientes e, claro, na tentativa de aumentar a adoção do serviço, a empresa também oferece a novidade para comércios menores e empresas que trabalham com qualquer tipo de cobrança.
E, aqui, o carro-chefe é o conhecimento dos hábitos dos clientes a partir dos dados de navegação na loja online. Por isso, a companhia está oferendo a seus parceiros ferramentas avançadas de análises e métricas, permitindo que os varejistas conheçam exatamente o perfil de seus clientes e criem ofertas mais direcionadas para aumentar os lucros.
A estratégia é outro passo essencial para o sucesso do serviço que, apesar de ter como principal intuito facilitar a vida de seus usuários, não irá a lugar algum se não estiver, efetivamente, aplicado fora do ambiente da própria Amazon.
Além disso, a Amazon também está liberando a API do Payments para que desenvolvedores interessados possam aplicar a solução em aplicativos móveis que trabalham com microtransações. Assim como no caso dos varejistas, uma pequena taxa de operação sobre o valor total da compra será cobrada, de forma a garantir que a empresa também obtenha seus ganhos a partir da solução.
É uma estratégia que é normal na maioria das soluções de pagamento. Mas, no caso da Amazon, a taxa de 5% pode ser um preço baixo a se pagar pelo enorme alcance da plataforma, que não apenas poderá facilitar o processo de compras, mas também estende a noção de segurança da loja online para fora dela mesma, aplicando-a também aos negócios de terceiros.
Fonte: CanalTech
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