Na semana passada, a principal "bolsa de valores" da moeda virtual Bitcoin entrou com pedido de falência. A Mt. Gox, localizada no Japão, anunciou a bancarrota no dia 28 de fevereiro devido a perdas de 500 milhões de dólares. Um ataque hacker aos seu sistema teria causado o problema. Antes do anúncio oficial, a empresa já havia parado de realizar transações e seus clientes sacaram os bitcoins em poder da empresa. Estima-se que a Mt. Gox tenha perdido cerca de 750 mil bitcoins de seus usuários.
Esse foi um grande golpe na moeda virtual, que vem provocando polêmica e preocupação em governos pelo mundo. Nos EUA, um relatório divulgado pelo congresso americano conclui que o Bitcoin pode ameaçar o poder do banco central do país, conhecido como Fed, de regular a economia. Isso porque o Bitcoin não é regulado nem controlado por nenhuma entidade governamental e sua quantidade e cotação são completamente livres de interferência de governos. Por isso, países como China e Índia estão tentando impedir a circulação da moeda.
O senador americano Joe Manchin pediu a extinção do Bitcoin também na semana passada,afirmando que ele é usado por criminosos e tem potencial para atrapalhar a economia do país. De fato, a moeda é usada em transações na internet profunda (a deep web), em sites como Silk Road, onde é usada para a compra de drogas e armas. Mas cada vez mais estabelecimentos legítimos têm aceitado o meio virtual como forma de pagamento.
E o que é o Bitcoin, afinal? Resumindo, é uma forma de pagamento virtual. Para ter um bitcoin (que hoje vale U$S 620), você deve procurar uma agência especializada, como se fosse comprar dinheiro para ir viajar. Mas tudo é virtual nesse caso. Você terá, então, uma carteira onde pode guardar seu dinheiro e fazer suas compras. Ou receber por algum serviço prestado ou por algo vendido. (Para entender melhor, veja esse infográfico e essa lista de perguntas e respostas.) Ela tem se tornado popular porque permite às pessoas fazerem compras totalmente anônimas e com taxas e impostos menores. Mas, por outro lado, a cotação do Bitcoin é muito instável e pode mudar rapidamente e há o risco de sua carteira ser hackeada, já que todas as transações são completamente virtuais e feitas no ambiente da internet.
Fonte: Galileu
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