Após dias de protesto pela renúncia do presidente egípcio Hosni Mubarak, que está há 30 anos no poder, o Egito sofre uma série de ataques em sua rede de telefonia e Internet.A interrupção da Internet no país, uma das medidas contra as manifestações, se deu à meia-noite, hora local. De acordo com a empresa de monitoramento Renesys Internet, o país parou de fornecer informações de roteamento utilizadas para conexão: "Parece que o Governo Egípcio ordenou às prestadoras de serviço que fechassem todas as conexões".
Um dos prestadores de serviço, a Noor Data Networks, não foi afetada. Em redes sociais, como o Twitter, os usuários pedem para os portadores de roteador Wi-Fi da empresa retirarem a senha e compartilharem seu acesso à Internet com outras pessoas.
Segundo o BGPmon, cerca de 88% das redes do Egito foram derrubadas, mas não foi somente esse meio de comunicação afetado pelas medidas tomadas pelo Governo. O serviço de SMS e acesso a redes sociais também foram bloqueados. "Sem internet, sem SMS, qual será o próximo? Celulares e telefones fixos? É demais para a estabilidade", disse Ben Wedeman, correspondente da CNN no Cairo, pelo Twitter.
As manifestações tiveram início na terça-feira (25/1), e resultaram em sete mortos, dezenas de feridos e vários detidos. Algumas pessoas acreditam que o fechamento dos meios de comunicação são para não haver qualquer tipo de veiculação das mortes geradas desde o início da semana. Apesar de tudo, os cidadão egípcios marcaram novos protestos para esta sexta-feira (28/1).
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